Entre os dias 11 e 14 de julho, aconteceu em São Paulo uma nova edição da Eletrolar Show, que voltou a ser presencial após o hiato da pandemia.
Durante o evento, diversas fabricantes e distribuidoras puderam exibir novidades e conceitos que podem chegar ao mercado em breve. O TudoCelular teve a chance de conferir de perto algumas dessas novidades e pudemos conversar com Ana e Marco Palma, fundadores da Usina de Vendas, distribuidora oficial no Brasil de marcas Globais como Huawei, LG, Samsung, TCL e ZTE.
Em nosso bate-papo, os executivos da Usina de Vendas nos falaram um pouco sobre a estreia da empresa na Eletrolar, o papel dos distribuidores no mercado de produtos eletrônicos e algumas prévias para o futuro.
“O público ficou até um pouco surpreso com a aparição da Usina de Vendas na Eletrolar, pois viemos com uma envergadura que eles talvez não imaginavam que a gente tinha, então com essa exposição a gente passa uma mensagem da nossa existência e da nossa força enquanto distribuidores de produtos de mobilidade.
Nós temos cinco anos de mercado em distribuição e nos últimos dois anos tivemos um amplo crescimento por conta da pandemia, então nosso contato com o cliente ou fornecedores foi muito virtual e faltou essa coisa mais pessoal e ninguém imaginou que a gente estivesse tão grande.
Para alguns clientes que compravam da gente, a gente era só uma tabela de preços e uma nota fiscal e agora eles estão conhecendo as pessoas por trás do produto que ele recebe e isso é importante.”
“Quando nos colocamos como uma empresa de Soluções Comerciais em Distribuição, a nossa missão nesse cenário é conseguir traduzir a linguagem do fabricante até que ela chegue ao consumidor final de uma forma que dê negócio.
O consumidor escolhe o canal de vendas favorito dele (internet ou loja física do Brasil inteiro) e o fabricante muitas vezes não está preparado para isso. O Brasil é um país complexo, com dimensões continentais, estrutura tributária complexa principalmente para quem é de fora, cabendo à Usina de Vendas fazer uma tradução do que é a linguagem do fabricante, que geralmente conhecem pouco do nosso mercado.
Então, trabalhando de uma forma dirigida pelos fabricantes, achamos nichos onde eles não penetram.
No fim das contas, o importante é que os consumidores conheçam as marcas que nós distribuímos e que eles sejam bem atendidos por essas marcas no pós-venda, eventualmente em propaganda e marketing para despertar desejo de produto e entregar uma boa experiência para nosso fornecedor.
A distribuição também tem um papel fundamental nessa parte de serviços. Não só pensando na entrega no ponto mais remoto, mas o serviço também na parte de garantia, pós-vendas e a Usina de Vendas faz todo esse trabalho em alinhamento com nossos parceiros.
Havendo uma necessidade, nós também cuidamos de homologações, mas geralmente isso fica a cargo do fabricante.
Mesmo a Samsung, que já é uma marca super estruturada no Brasil, a gente ainda consegue complementar o trabalho deles. Fabricantes que ainda não estejam estabelecidos ou que estejam em uma área diferente da de mobile, a gente faz todo o processo que for necessário.”
“Sim, teremos novidades em breve para o mercado, mas por enquanto não podemos revelar grandes detalhes.”
“O ponto principal é conseguir servir como esse tradutor da necessidade do fabricante se estabelecer e como funciona o mercado brasileiro.
A gente tem uma complexidade, econômica, fiscal, territorial, logística e para quem vem de fora, conseguir transferir essa expertise de uma forma confiável e que transmita segurança ao parceiro é importante. Caso contrário, o “cara” chega e vai embora.”
“Esse é um trabalho que é feito por nós em conjunto com os fabricantes. Ainda que o fabricante nos dê liberdade para atuação, é sempre discutido um plano prévio de forma a otimizar os recurso e dirigir melhor volumes de vendas.”
“Nossa exposição na Eletrolar tem por objetivo nos comunicar com o público B2B. Apesar de termos uma vertente B2B2C que é conseguir disponibilizar o produto no canal de vendas preferido do consumidor e um braço de venda direta para o consumidor por E-commerce, ele funciona como White Label para as marcas, mas não temos a expertise para chegar ao consumidor final e temos parceiros que fazem isso muito melhor que nós.”
“O Brasil vive um momento desafiador assim como o mundo. A pandemia virou a ordem geopolítica global de pernas para ar, a ordem econômica também está de pernas para o ar. A gente vê Estados Unidos e Europa com um índice de inflação e juros semelhantes aos da Segunda Guerra Mundial.
O Brasil já é mais acostumado com isso. Apesar da geração mais nova, quem tem menos de 40 anos não viveu tanto isso, mas quem tem mais idade se lembra da instabilidade inflacionária que a gente tem. Ainda assim, não é o que ninguém deseja, todo mundo procura o retorno ao que era a nossa economia mais tranquila.
Nesse cenário, a gente entende que existe uma crise de liquidez muito grande no varejo e isso vem do consumidor ter perdido poder de compra pela inflação e pela crise em si.
Apesar disso, o Brasil é maior do que a crise e sempre foi. Independente do cenário político, a eleição ainda está muito aberta e pode acontecer de tudo, então a gente espera que o Brasil permaneça sendo o Brasil, acreditamos que o Brasil nunca vai virar uma Venezuela, independente da alternância de poder, pois o Brasil é perene em relação às correntes políticas e por isso acreditamos no gigantismo do Brasil e em uma recuperação no curto espaço.”
“Para tentar contornar essa crise, basicamente a gente buscou soluções fora do Brasil, principalmente na China. Enquanto aqui a gente continua tendo problemas de abastecimento, senão de todo um portfólio, mas de produtos específicos, uma saída que a gente encontrou foi ir direto na fonte de produção de produtos como TCL, Huawei, ZTE, além de diversificar a linha de produtos.”
“A principal mensagem que queremos deixar é que a Usina de Vendas tem uma equipe muito preparada para trabalhar no mercado de telecom, uma equipe capacitada e voltada para a conexão com as pessoas. A gente acredita muito nisso, sendo uma empresa muito relacional, então essa volta pós-pandemia queremos chegar mais junto aos varejistas e nos tornarmos mais presentes nos negócios com eles, fazendo um bom trabalho de distribuição e alinhado aos parceiros mundiais que temos.
Para o consumidor final, isso se reflete em mais ofertas de produtos, mais novidades, mais acesso pelo varejo, dando a eles uma possibilidade de escolha dentro de sua realidade os produtos que ele sempre procurou.”